ARI portuguesa precisa de mais controlos, diz a Transparency International

ARI portuguesa precisa de mais controlos, diz a Transparency International

 

A organização considera que o sistema português não tem controlos suficientes, e poucos funcionários para tratar os pedidos em curso. Laure Brillaud, responsável pelo departamento contra a lavagem de dinheiro na TI, afirma à Lusa que que «no que diz respeito a verificações e controlos, a legislação [portuguesa] só obriga a olhar para o registo criminal, o que não é suficiente. Também percebemos que o departamento encarregue da atribuição destes vistos [SEF] não tem funcionários suficientes e, não nos esqueçamos, que estes esquemas prometem um visto entre três a seis meses».

Outro dos riscos, explica Brillaud, «tem também a ver com a forma como estes tipos de sistema são geridos e já vimos muito más práticas como falta de independências nas chefias, interferências nas tomadas de decisão e conflitos de interesse» em vários países da União Europeia. Nalguns casos, «isto levou à corrupção dentro dos próprios países. Ou seja, não se trata apenas de deixar entrar os indivíduos corruptos, mas há uma corrupção no Estado, como já vimos acontecer em Portugal», cita o Idealista.