É o que prevê a CBRE no seu mais recente estudo “Global Outlook 2030 - The Age of Responsive Real Estate”, que analisa as 10 grandes tendências e desafios do setor para os próximos 10 anos.
Porque até 2030 o mercado de trabalho será mais fluido, em alternativa ao local fixo, este será um foco de mudança. Até lá, pela primeira vez na história, 4 gerações distintas ocuparão o local de trabalho simultaneamente, o que traz desafios específicos para as empresas.
Por outro lado, vamos assistir a uma “hotelização” do mercado imobiliário, reinventando a habitação, o retalho, e os espaços de trabalho com base nos princípios da hospitalidade e da hotelaria.
E a nível do investimento, 2030 será marcado pela inteligência artificial, que vai permitir o advento do PropTech, revolucionando a forma como os imóveis são avaliados, comprados, vendidos e geridos.
A habitação vai marcar os principais investimentos da próxima década, e pela primeira vez, ¼ dos investidores mundiais vai focar-se no setor residencial, acima dos escritórios.
E a região da Ásia-Pacífico deverá destacar-se como potencial líder na vanguarda da economia global até 2030. Alguns destes países deverão ter 4 das 10 maiores economias do mundo, de acordo com a Oxfotd Economics, entre os quais a China, com um PIB previsto de 24 triliões de dólares.
Cristina Arouca, diretora de Research da CBRE Portugal, comenta este estudo referindo que «até 2030, os edifícios serão alvo de uma verdadeira revolução tecnológica e até ideológica, tendo impacto direto na forma que os mesmos são utilizados e negociados. Inovações como inteligência artificial (IA), carros autónomos, a última geração de telemóveis na nossa mão, a aceleração da informação, comércio eletrónico a disparar, a força de trabalho da Geração Z daqui a dez anos e até mesmo o impacto pós-Coronavírus, o chamado New Normal, terão uma enorme influência na recalibração da nossa cultura, negócios e política. Se este era o caminho que estava a ser desenhado, agora, mais do que nunca será acelerado», acredita.