Falando à Vida Imobiliária, no âmbito do Conversas Diárias, João Nuno Magalhães, Managing Director da consultora, afirma que a Predibisa acompanha «vários projetos em curso, alguns muito avançados», dando o exemplo dos projetos residenciais Montevideu, que está 60% comercializado, ou Porto Douro, 25% vendido, com duas frações comercializadas já durante a pandemia, o que «significa que a procura continua a acreditar que o imobiliário é uma defesa, mesmo nestas alturas de crise». Segue também o projeto V Porto, da Avenue.
As obras seguem o seu curso nestes e noutros projetos. Mas, segundo o responsável, «os que estavam em fase de estudo, nomeadamente no caso de alguns promotores de maior dimensão, é natural que tenham espaço para avançar no tempo, e recomeçar a atividade só depois de setembro». É o caso de «um promotor belga, do projeto Miradouro, nas Antas, composto por 56 apartamentos para a classe média/alta, que já nos confirmou que vai começar a obra em setembro».
João Nuno Magalhães atesta que «os clientes continuam interessados, embora não se possam deslocar para Portugal, alguns esperam que os voos comecem a operar, e esse é o principal obstáculo que temos. Às vezes, a presença física é fundamental».
E dá o exemplo de uma reunião recente com um grupo israelita, «que vai investir no Porto e em Lisboa e que estava a avaliar um investimento de 2 milhões de euros para reabilitação e residencial. Estão cá, continuam a acreditar em nós».
O sucesso de Portugal no combate a esta pandemia poderá jogar a favor do fator confiança, que é «a base para que os investidores continuem a olhar para o nosso país», bem como a simplificação dos processos de licenciamento por parte da Câmara do Porto: «quanto mais rápido for o licenciamento, mais os investidores acreditam no país e em nós, e é disso que precisamos».
João Nuno Magalhães está certo de que «esta crise é diferente de todas as anteriores, mas o imobiliário é sempre um refúgio, e vai continuar a sê-lo».