O projeto foi comprado pela VIC Properties em 2018 por cerca de 150 milhões de euros na sequência de um acordo com o administrador de insolvência e com os credores da Obriverca, construtora que detinha o projeto, até então gerido pela Norfin.
Este novo empreendimento vai somar cerca de 600 novas habitações à oferta da cidade e pretende estar totalmente integrado com o Parque das Nações e o vizinho terreno da Matinha, que a VIC Properties também adquiriu recentemente.
Numa conferência de imprensa, Luís Gamboa, COO, e João Cabaça, CEO, explicaram que a empresa quer criar aqui um verdadeiro bairro e um exemplo de regeneração urbana da cidade, uma comunidade «dinâmica e autossuficiente em termos de serviços e comércio» e aberta à comunidade local.
A VIC propõe-se a concluir o projeto até 2024 precisamente «para não perder a escala de bairro». E questionados sobre a falta de mão-de-obra na área da construção, acreditam que vão conseguir cumprir os prazos, pois «estamos a garantir trabalho para 4 anos, e dirigimos diretamente a empreitada, temos menos intermediários».
Primeiros lotes no mercado
Para já, está totalmente comercializado o Lote 8 do projeto, concluído em 2018. Em comercialização estão os 40 apartamentos do Lote 7, que será concluído em julho de 2020, cerca de 50% comercializado, com proprietários maioritariamente portugueses. Os preços variam entre os 440.000 e os 1,9 milhões de euros.
Segue-se o Lote 1, que começa a ser construído ainda este mês de outubro. Mais de 20% dos 107 apartamentos estão já reservados, com áreas mais pequenas e destinados a um público mais jovem. Os preços arrancam nos 285.000 euros. A fase oficial de vendas arranca esta semana durante o SIL, e o lote será entregue em 2021.
Em todos os casos, e volvidos 20 anos da criação do projeto, as áreas foram repensadas para melhor se adaptarem às necessidades atuais do mercado. Inicialmente, estavam previstos 499 apartamentos, e atualmente a VIC prevê construir cerca de 600.
O preço médio da habitação, tendo em conta todos os 10 lotes de habitação (12 no total), deverá rondar os 5.500 euros/m², preços que «são conseguidos com escala».
Segue-se a construção dos restantes lotes a partir de meados do próximo ano.
“Não queremos mais um dormitório da cidade de Lisboa”
Para garantir a dinâmica de bairro, além da habitação estarão incluídos todos os serviços e comércio necessários, sob gestão da VIC. Os responsáveis garantem que o objetivo deste empreendimento não é ter «mais um dormitório da cidade».
O Prata Riverside Village inclui um lote de escritórios e/ou unidades mistas de co-working, além de 20.000 m² de área comercial nos pisos térreos de todos os lotes, estacionamento público e postos de carregamento elétrico e mobilidade urbana. Inclui também um lote com 2.500 m² para conceitos inovadores e 1.500 m² de zona fitness e wellness.
As áreas públicas e pedonais são uma das grandes apostas, e incluem um mercado de 2.500 m², até porque este empreendimento «não é um condomínio fechado», antes pelo contrário.