A informação foi avançada por Kilian González Fontboté, diretor de Vendas e Expansão para Espanha e Portugal da E&V, durante um encontro com os jornalistas em Lisboa, durante o qual explicou que a expansão ibérica prevê 18 novas licenças até ao final do ano e mais 20 até 2017.
Isto porque «a abertura dos bancos à concessão de crédito tem feito com que as pessoas continuem a comprar. Além disso, o território é limitado, o que faz com que os preços subam». E têm subido cerca de 5% nas zonas litorais desde o ano passado, e 3% nas zonas urbanas de ambos os países. «Vão continuar a subir», prevê o responsável.
O turismo é outro dos fatores que está a contribuir muito para o aumento da procura, e Fontboté deu inclusive o exemplo do Porto, que cada vez tem mais investimento estrangeiro. Há que não esquecer os “golden visa”, o facto de os preços serem bastante económicos a comparar com o resto da europa, e as fracas rentabilidades que os depósitos a prazo oferecem atualmente.
Só em Portugal, a marca prevê abrir 5 novas agências este ano, chegando aos 120 colaboradores, e conseguir um volume de transações de 400 milhões de euros no nosso país em 2017. No ano passado, a imobiliária fechou o ano com um volume de 150 milhões de euros, um crescimento de 122% em relação ao ano anterior, e agora a expetativa é que o volume de vendas «cresça 6% por cada agência em 2016». O ano de 2016 deverá duplicar os resultados do ano passado.
Entre as novidades estão Albufeira ou a Baixa de Lisboa, numa altura em que «Portugal tem-se tornado num mercado-chave e importante para a E&V. O setor tem vindo a recuperar nos tempos mais recentes, com os preços a aumentar de uma forma surpreendente», e completa ainda que «verifica-se um interesse muito notório na reabilitação de imóveis antigos, em particular nas zonas históricas das cidades, que voltam a ser muito procuradas para habitação».
Apesar de se focar num mercado premium, a prioridade da E&V é sempre não tanto o próprio segmento de mercado, mas «a qualidade dos imóveis», sendo que a empresa trabalha com franchisados, e aposta nas vantagens do bom conhecimento do mercado local. A ideia da marca é focar-se essencialmente nas zonas turísticas de referência do país, alargando a cobertura de norte a sul, estando em implementação lojas em Albufeira, Almada, Comporta, Lisboa-Baixa, Lirotal Alentejano, Porto-Foz, Sintra e Vilamoura. A rede vai também chegar à Madeira nos próximos anos.
Estrangeiros pesam 60%
Atualmente, os estrangeiros pesam 60% nas vendas da E&V em Portugal, mas Manuel Neto, licence partner da agência do Parque das Nações explica que «os portugueses pesam cada vez mais, depois da abertura dos bancos à concessão de crédito». Estes procuram imóveis «de valores mais baixos» e estão agora «mais atentos ao dinheiro que investem».
Do lado dos estrangeiros, são mais significativos os mercados francês (que sozinho representa 50% do mercado estrangeiro), brasileiro, do Norte da Europa, e australiano, a mais recente novidade sentida pela imobiliária. Os chineses também continuam a procurar imobiliário para investir em Portugal.