Oxford Properties negoceia a compra da M7 por €5,3B

Oxford Properties negoceia a compra da M7 por €5,3B

Em cima da mesa das negociações estão 5,3 biliões de euros, um valor em linha com a avaliação mais recente do portfólio de 830 ativos de M7 RE, que se distribuem pelo Reino Unido (o seu país de origem) e por mais 12 países europeus: Portugal, Holanda, França, Dinamarca, Suécia, Alemanha, Polónia, Finlândia, Irlanda, Hungria, República Checa e Croácia. Estes imóveis, juntos, somam um total de 67,5 milhões metros quadrados de superfície.

A notícia foi avançada pelo espanhol Eje Prime que revela ainda que as empresas estão a negociar em regime de exclusividade. O IPE Real Assets acrescenta que, para a gestora britânica, esta transação «poderia facilitar o contínuo crescimento da plataforma M7 RE por toda a Europa». Ainda assim, a empresa não confirmou a identidade do potencial comprador a este meio. A VI/IP tentou contactar as partes envolvidas no caso, mas até ao momento não obteve resposta.

Sabe-se que a Oxford Properties é o ramo imobiliário do fundo de pensões canadiano OMERS e está especializado em entrar no capital de empresas do setor que possuem um «grande potencial de crescimento». Foi fundada em 1960 e conta hoje com um portfólio diversificado – com ativos de escritórios, retalho, industrial, hotelaria e multifamily - avaliado em mais de 49,45 biliões de euros.

Mais de €175M em Portugal

Em Portugal, a M7 Real Estate detém um portfólio de 35 ativos avaliados em mais de 175 milhões de euros, segundo os dados revelados no final de setembro pela empresa. Estes estão maioritariamente localizados em Lisboa (65%) e no Porto (25%).

A logística não só tem sido a sua principal aposta na Europa como também no país, já que agrega 57% do valor total do seu portfólio luso. Os escritórios pesam 23% e o setor do retalho 20%.

Este portfólio voltou a crescer em novembro com a incorporação de 10 ativos comerciais, negócio levado a cabo pelo Portuguese Industrial Fund que representou um investimento de 41 milhões de euros. Neste conjunto de ativos – que somam uma superfície de 85.600 metros quadrados – estão 5 ativos logísticos last-mile, sobretudo localizados em Lisboa e Porto, 3 edifícios de escritórios em Lisboa e 2 armazéns de retalho na zona da Grande Lisboa e na Madeira.

O rápido crescimento do e-commerce deverá ter reforçado ainda mais o seu interesse pela logística do país, sendo por isso esperado um «aumento robusto da procura de espaços de armazéns, em áreas de proximidade aos centros urbanos», salienta M7 RE em comunicado. Nesta conjuntura, tanto a logística como os retail parks, que são «historicamente menos valorizados», poderão ter um «potencial de valorização muito interessante», salienta Leonardo Peres, Managing Director da M7 RE, no fórum de opinião elaborado pela revista Iberian Property.

Em Espanha procuram-se oportunidades

Espanha não está na lista de investimentos da M7 RE, mas está na sua mira. E já está (quase) tudo a postos para realizar as primeiras operações no país.

Em junho, o diário Eje Prime deu conta que a gestora britânica já arrendou o primeiro escritório no país – no número 14 de la Calle Velázquez de Madrid. E já nomeou também o seu representante Álvaro Arteaga Biforcos, apurou o Property EU.

Segundo avançou David Ebbrell diretor executivo da empresa ao diario espanhol: hoje M7 RE encontra-se a procurar «oportunidades de investimento e gestão de ativos em Madrid, Barcelona e noutros mercados como Málaga, País Basco, Valencia e Sevilha».