Merlin e Metrovacesa fundem-se criando o maior grupo imobiliário espanhol

Merlin e Metrovacesa fundem-se criando o maior grupo imobiliário espanhol

Segundo a informação do El País, o novo grupo deverá aglomerar um grupo de ativos conjunto a rondar os 10.000 milhões de euros, tendo o banco Santander enquanto acionista principal.

Esta operação presume a constituição de 2 sociedades, sendo que a primeira e a maior, a “nova” Merlin, será proprietária da carteira de património comercial, num valor bruto de 9.317 milhões de euros. A segunda, a Testa Residencial, diz respeito a ativos residenciais, num total de 980 milhões de euros.

Os atuais proprietários Santander, BBVA e Popular, terão participações de 31,2% e 65,7% nas 2 sociedades, respetivamente. Enquanto acionista principal, o Santander terá 21,9% da Merlin e 46,21% da Testa Residencial. As restantes participações vão repartir-se pelos fundos que controlam a Merlin, entre eles a Blackrock y Principal Financial.

Com a bolha imobiliária que rebentou em 2008, a Metrovacesa foi uma das empresas afetadas, e ficou nas mãos dos bancos. Agora, a Merlin assinou acordo com os bancos acionistas da mesma para que esta se divida em 3 partes, integrando duas delas na Merlin, extinguindo a 3ª.

De acordo com as empresas, citadas pelo jornal espanhol, o novo gigante tem ativos «excelentemente diversificados». A parte comercial inclui muitos imóveis de zonas de negócios de Madrid e Barcelona, essencialmente, e no que diz respeito aos centros comerciais, a nova sociedade será o 2º maior operador em Espanha no setor.

Na área residencial, a carteira da Metrovacesa vai juntar-se com a Testa Residencial, filial especializada da Merlin no arrendamento a particulares, somando mais de 4.700 fogos sob gestão, gerando rendas anuais de 35 milhões de euros.

De notar que o património restante da Metrovacesa, nomeadamente solos, ativos para exploração, etc, foi considerado “não estratégico” e fica fora do negócio. Deverá destinar-se a uma sociedade anónima de nova constituição, participada apenas pelos atuais proprietários da Metrovacesa.

Foto: El País/JOSEP LLUIS SELLART