Em entrevista ao Expresso, o investidor belga atestou os planos para continuar a investir no mercado imobiliário português, através da compra de novas ativos para desenvolver – seja através de reabilitação seja por via de promoção nova. Mas, enquanto isso não acontece, a KREST Real Estate Investments está empenhada em dar gás aos projetos já em carteira.
É o caso da K-Tower, um investimento de 50 milhões de euros que vai nascer ao lado da Torre do Oriente, no Parque das Nações e que consiste num complexo constituído por uma torre de escritórios com 13 pisos e pelo hotel Moxy de 224 quartos, a primeira unidade desta submarca do grupo Marriott em Portugal. «O hotel fica pronto em abril de 2020 e os escritórios começam a ser construídos em julho de 2020 e ficarão prontos em setembro de 2022», revelou ao semanário.
Em Oeiras, no terreno que comprou ao Novo banco em 2019, a KREST prepara-se para arrancar já no primeiro trimestre de 2020 com as obras do Jardim de Miraflores, composto por três torres de habitação com 119 apartamentos e piscinas privativas, ginásio, áreas comerciais e de serviços e 274 estacionamento – e que se prevê que fique concluído no primeiro trimestre de 2022. Este projeto representa um investimento de 55 milhões de euros.
Mais a norte, no Porto, a empresa de Claude Kandiyoti já investiu 15 milhões de euros num terreno junto à Estação de Campanhã para o qual tem previsto um edifício de escritórios, estando agora a aguardar a definição do Plano Diretor Municipal daquela zona.
A sul, no Algarve, está já a desenvolver dois projetos avaliados em 90 milhões de euros: o Lakes 24, que criará 24 novos apartamentos em Vilamoura e que arranca «dentro de três ou quatro meses»; e o Forte Novo, um empreendimento de 124 apartamentos em Quarteira cujas obras espera arrancar «dentro de um ano».
Em carteira, a KREST tem ainda um conjunto de 11 edifícios de escritórios adquiridos em leilão ao Estado português em 2014, por 46,5 milhões de euros – e que marcam o início da atividade em Portugal.
Contas feitas, só o valor alocado a estes projetos em carteira ascende já a 256,5 milhões de euros, num investimento realizado maioritariamente através de capitais próprios. «Até há três anos não se conseguia financiamento para os projetos em Portugal e tinha de se investir com capitais próprios, por isso é que não havia obras novas. Nós comprámos os imóveis do Estado e o terreno do Parque das nações com dinheiro totalmente nosso, sem recurso à banca», disse ainda na mesma entrevista.