Mesmo em tempos de pandemia Covid-19, o país conseguiu atingir um volume de investimento superior a 1.000 milhões de euros nos primeiros três meses do ano. Para os próximos meses, prevê que «se concluam algumas transações que estavam bastante avançadas», mas reconhece que «outras foram, de facto, adiadas». Ainda assim, «não tem havido desistências propriamente ditas», revela.
Apesar de os investidores continuarem «comprometidos», a consultora avança no seu relatório mais recente divulgado esta segunda-feira que há problemas operacionais que os impedem de prosseguir com os negócios, como é caso das inspeções físicas e da incerteza inerente ao desempenho dos ativos nos próximos meses. O aumento dos riscos associados aos negócios deste tipo e a diminuição da disponibilidade de financiamento para concluir transações, pode «afetar os preços em todos os tipos de ativos», revela a consultora.
Investidores preparam-se para a retoma
A boa forma da economia portuguesa e a forma positiva como o país está a lidar com a pandemia parecem dar alento aos investidores que, segundo a consultora, «querem retomar os negócios assim que a poeira começar a baixar».
Sobre este ponto, Eric Van Leuven sublinha que «Portugal continua claramente no mapa dos investidores». Muitos investidores já se preparam para a retoma, sobretudo os que estão mais bem capitalizados», revela. E por este motivo considera que a resposta à crise pandémica Covid-19 que hoje assombra o mercado imobiliário será «muito diferente da crise que ocorreu em 2011».