É que apesar do expectável decréscimo face ao valor histórico investido em 2019, tudo indica que o mercado encerre 2019 com um volume de investimento comercial 27% acima da média registada nos últimos cinco anos.
«Em Portugal, o valor alcançado no ano 2018 marcou um novo recorde histórico. Para o ano de 2019 e apesar de ser expectável um decréscimo no volume de investimento imobiliário, o mercado continuará a atrair investidores internacionais, que apostam agora na diversificação da sua carteira de ativos, apontando para mercados mais pequenos, com boas perspetivas de retorno», observa Alexandra Gomes, Senior Analyst Research Department da Savills Portugal.
De acordo com a especialista, «a aquisição de terrenos para fins promocionais e o desenvolvimento de projetos dedicados a usos alternativos serão uma das grandes tendências para 2019». Relativamente ao primeiro trimestre, «já foram registadas algumas transações importantes, em particular no segmento de escritórios, deixando antever que será mais um ano positivo para o mercado de investimento imobiliário português».
As projeções da Savills indicam ainda que em 2019 o volume de investimento imobiliário comercial voltará a galgar a barreira dos 200 mil milhões de euros pelo sexto ano consecutivo na Europa, estimando-se que o montante transacionado atinja os 230 mil milhões de euros. «Uma situação sem precedentes na história do mercado de investimento europeu», realça a consultora, destacando «o estatuto do continente como um refúgio seguro para investimentos».
A consultora avança ainda que enquanto a Alemanha, o Reino Unido e a França continuarão a atrair a maior parte do investimento em 2019, a Polónia (+46%), a Dinamarca (+378%), a Finlândia (+32%) e Portugal (+27%) deverão ver uma vez mais os seus volumes de investimento a exceder significativamente as suas respetivas médias dos últimos cinco anos.
Quanto à origem do investimento, os EUA, seguidos por Singapura e pela Coreia do Sul, formaram os três maiores grupos de investidores não europeus em 2018, e devem continuar a dominar em 2019, diz ainda a Savills, acrescentando que «embora continuem a visar escritórios em locais prime», estes investidores «ampliaram recentemente a sua cobertura de mercado para países não centrais, especialmente a Bélgica, Polónia, Itália, Irlanda, Dinamarca e Espanha.»