Segundo os dados divulgados pela CBRE, no primeiro trimestre de 2022, o investimento em imobiliário comercial foi de 380 milhões de euros, na prática, quase o dobro face ao período homólogo do ano anterior.
Tanto o segmento de logística, tanto o segmento de escritórios, são as classes de ativos que apresentam um maior volume de investimento. Relativamente ao primeiro segmento, o da logística, o investimento em ativos torna-se cada vez mais expressivo, com seis transações concluídas neste trimestre, sendo que os escritórios mantêm o seu interesse.
Os prime yields, face ao aumento na procura por ativos logísticos, diminuíram 25 pontos base relativamente ao trimestre anterior, em Lisboa e no Porto. «Antecipamos um efeito de compressão, nomeadamente em logística, determinadas zonas de escritórios e retalho alimentar, suportada num expectável crescimento de renda decorrente de uma procura, em alguns casos, ainda superior à oferta disponível, que deverá ser monitorizado com atenção, pois existem vários fatores de risco relevantes no horizonte», atenta Nuno Nunes, Diretor de Capital Markets da CBRE Portugal.
Cristina Arouca, Diretora de Research da CBRE Portugal, refere também que: «apesar da subida das taxas de juro, existe atualmente uma elevada liquidez para investir no setor imobiliário. Não obstante, podemos ver o adiamento de algumas operações de forward funding e forward purchase devido à incerteza relacionada com o aumento dos custos de construção».
A CBRE perspetiva que o volume de negócios ultrapasse os três mil milhões de euros, referência que se verificava antes da pandemia.