Este resultado acontece depois do retorno devolvido de 7,1% registado em 2014, sendo que o principal ‘driver’ para este resultado foi a valorização de capital, que subiu de 1,3% para 5,8% em 2015, aliada a uma compressão das yields e a uma subida generalizada das rendas. O retorno das mesmas manteve-se estável em 2015 em torno dos 5,9%. No entanto, o mercado não evolui todo da mesma forma.
O destaque vai para o retalho, que registou uma forte valorização do capital, especialmente nos centros comerciais, que atingiram um retorno de 16,9%.
Os escritórios, por seu lado, continuam a recuperar desde 2014, e voltaram a registar uma valorização de capital positiva depois de 8 anos de correção, principalmente as localizações da Expo e Prime/CBD, com os retornos totais a atingir os 5,9%.
O retorno do mercado residencial é ligeiramente inferior ao dos escritórios, fixando-se nos 5,6%. Os restantes tipos de ativos (não especificados) registaram um retorno total de 4,2%, nota este índice.
Por oposição, o mercado de industrial e logística registou os piores números dos últimos 16 anos (-10,2%), o que se deve à forte correção de valor que aconteceu no ano passado, não só no mercado industrial de Lisboa. Esta correção foi consequência de uma quebra das rendas, bem como do seu retorno.
Luis Francisco, Senior Associate da MSCI, comenta este relatório, afirmando que «os resultados alcançados confirmam a recuperação e o bom desempenho do imobiliário nacional em 2015, que se revela atrativo e a despertar muito interesse, em especial, junto dos investidores internacionais».
O Índice Anual IPD® de Investimento Imobiliário Português é apresentado esta manhã no Hotel Tivoli, em Lisboa. A apresentação conta com a presença de Cantiga Esteves, do ISEG, Eric van Leuven, diretor geral da C&W, Daniel Gálvez, Head of Real Estate Asset Management Iberia do Deutsche Asset Management, Pedro Coelho, diretor geral da Square AM, e Rodrigo Vázquez, Head of Research Spain & Portugal da CBRE Global Investors.