A informação foi avançada esta quinta-feira pela consultora JLL, que assessorou a operação em representação do vendedor que, segundo apurou o Negócios, foi a gestora imobiliária alemã Patrizia.
Foi através do fundo de investimento imobiliário aberto CA Património Crescente que a gestora portuguesa levou a cabo esta transação. Este é, de acordo com a informação avançada pela Square AM à VI, um fundo comercializado pela Caixa Central do Crédito Agrícola, que terminou o seu exercício passado com 763 milhões de euros sob gestão, apresentando uma rentabilidade de 5,55%.
Para o responsável pela área de Capital Markets da JLL Fernando Ferreira, «este negócio prova que o investimento em Portugal cada vez menos se restringe a Lisboa e Porto e que, especialmente, no retalho, mais do que a localização, os investidores estão atentos à performance do ativo e à sua capacidade de gerar valor».
A rentabilidade deste ativo é assegurada a 100%, já que as 70 lojas que o constituem estão hoje ocupadas. Entre as marcas aqui estabelecidas está a Zara, a H&M, a Worten, a Sport Zone e o Pingo Doce, mas este último foi excluído da transação, segundo revela o mesmo comunicado. Este shopping - que possui uma superfície bruta que ascende aos 18.120 metros quadrados - chega a receber mais de 2,6 milhões de visitantes por ano e, de acordo com Fernando Ferreira, possui «um enorme potencial de valorização futura».
A gestora de fundos de investimento de imobiliário fechou o ano de 2019 com a segunda quota de mercado mais alta no seu segmento, de 11,3%, revelam os dados mais recentes da Comissão do Mercado de Valores Imobiliários. Nesta corrida, a Interfundos ocupou o primeiro lugar, com uma quota de 12,9%, e a Norfin o terceiro com 9,6%.
Atualizada às 10h30, 24/2/2020