A empresa americana, que já tem vários projetos neste bairro do centro de Lisboa, apresentou esta 4ª feira o seu primeiro projeto residencial. O Palácio Faria, que se situa no nº3 da Praça do Príncipe Real, vai ser transformado em 6 apartamentos com áreas generosas, entre os 220m² e os 390m², com estacionamento para 14 viaturas. Os preços de venda não foram divulgados, mas Anthony Lanier, sócio fundador da empresa sediada em Washington DC, acredita que as frações se vão vender «facilmente. Não queremos que ninguém perca dinheiro, queremos vende por um valor que permita vender rapidamente se o proprietário precisar», explicou na apresentação do projeto.
Para o responsável, a zona do Príncipe Real é única «pelos seus espaços verdes, edifícios, pelas vistas. Estes edifícios estavam todos vazios quando chegámos, e estão agora cheios de vida». No caso do Palácio Faria, «queremos fazer o melhor edifício possível», e para tal a Eastbanc conta com projeto de arquitetura de Eduardo Souto Moura e com a construtora Alves Ribeiro.
Segundo o arquiteto, também presente na ocasião, este projeto é «diferente do comum» e «muito difícil», pois o desafio é «restaurar mas adequar à vida moderna. É preciso compatibilizar as duas coisas, e colocar uma cozinha ultra moderna num palácio neo-árabe não é fácil». Para fazer isto, nomeadamente evitando a eliminação dos interiores antigos, acredita que o segredo está na «grande empatia com o dono de obra e com a equipa».
A proprietária de outros edifícios comerciais icónicos desta zona trendy da cidade, como a Embaixada ou o Entretanto, investe neste projeto mais de 10 milhões de euros, somente com recurso a capitais próprios. O Palácio Faria deverá ficar concluído até ao verão do próximo ano.