A notícia é avançada pelo semanário Expresso, e dá conta que o fundo está neste momento a negociar com um fundo de investimento imobiliário europeu a venda da sua participação de 90% no maior centro comercial português. Uma operação que surge na sequência do processo de desinvestimento que o fundo americano está também a levar a cabo no mercado espanhol, onde tem vindo a vender alguns dos centros comerciais que adquiriu à holandesa Vastned há menos de três anos.
Adquirido em janeiro de 2015 à já falida Chamartín Imobiliárioa, o Dolce Vita Tejo localiza-se junto à entrada da capital portuguesa e é um dos maiores centros comerciais ibéricos, com uma Área Bruta Locável de 104.000 m² distribuída por cerca de 300 lojas e 30 restaurantes, servidos por cerca de 9.000 lugares de estacionamento. Além da Baupost, o centro integra também a carteira da Eurofund Investments, uma sociedade de investimento de origem anglo-saxónica e espanhola que detém os restantes 10% do seu capital.
De perfil oportunístico, nos últimos quatro anos o fundo Baupost investiu fortemente no mercado ibérico de centros comerciais, que compra a preços de oportunidade e revende pouco tempo depois.
É o que também está a fazer em Espanha, onde há menos de três anos adquiriu por 160 milhões de euros uma carteira de oito centros comerciais à Vastned, distribuídos pelas zonas de Alicante, Málaga, Barcelona e Madrid, e os quais já começou a alienar separadamente. Foi, aliás, o caso, do negócio fechado com a Lar España Real Estate no último mês de agosto, quando a sociedade imobiliéria adquiriu aos americanos o centro comercial Vistahermosa, em Alicante, por cerca de 42,5 milhões de euros.