De acordo com os dados mais recentes do INE, entre os compradores estrangeiros são os franceses que mais compram casas em Portugal, com uma percentagem de 28,2% do total das vendas a não residentes. Seguem-se os 14,9% dos britânicos, 7,7% dos suíços, 6% dos alemães e 4,9% dos brasileiros. Mas Luís Lima, presidente da APEMIP, acredita que a representatividade destes últimos deverá ser superior.
Em comunicado comenta que «a procura por brasileiros não tem parado de subir, e verifica-se um pouco por todo o País. É provavelmente a nacionalidade que mais aposta na descentralização do investimento, a par dos franceses. No entanto, muitos deles são descendentes de portugueses, pelo que fazem o pedido de nacionalidade portuguesa antes de realizar os seus negócios em Portugal, pelo que a representatividade dos mesmos deverá ser superior à que surge no ranking».
Em valor, os brasileiros ocupam o terceiro lugar da lista, representando 8,3% do bolo total de vendas a estrangeiros, a seguir aos 19,7% dos franceses e 16,9% dos britânicos.
Relativamente ao facto de o valor médio das vendas a não residentes ser 58% superior ao valor médio das transações globais (171.178 euros versus 108.016 euros), Luís Lima não se mostra surpreendido: «é natural que seja um investimento superior. Regra geral, os estrangeiros têm um poder de compra superior à média dos portugueses, o que lhes permite adquirir imóveis de um segmento mais elevado».