É o que destaca Pedro Lancastre, diretor geral da JLL, que numa entrevista à Lusa avançou que «continuam a vender-se muitas casas em Portugal». Os dados do INE apontam para uma subida de 8% no número de transações, com a construção nova a crescer, sendo que até junho «foram licenciados 904 novos projetos, em Lisboa, de reabilitação e construção nova, mais 7% [do que no período homólogo do ano passado], mas neste semestre há uma maior predominância de construção nova, mais 11%, e em reabilitação menos 6%».
O responsável acredita que as alterações à lei do arrendamento, a demora das câmaras a aprovar os projetos e o aumento dos custos de construção para reabilitar estão a fazer com que os promotores optem mais pela construção nova, num contexto de «suavização do aumento dos preços» nas zonas mais centrais. Nas grandes cidades, «pode dizer-se que os preços estão a estabilizar».
Pedro Lancastre não acredita que exista uma “bolha” imobiliária na habitação, já que apesar de ter sido registado um aumento de 16% no crédito à habitação, há mais amortizações do que novo crédito concedido, com um novo máximo de 4,2 mil milhões de euros amortizados no crédito à habitação em 2018, apontou.
No primeiro semestre deste ano, a faturação da JLL cresceu 14%. A consultora esteve envolvida em 63% do volume de investimento imobiliário comercial registado, nomeadamente em 12 operações, e lançou 22 novos projetos residenciais, 17 em Lisboa, 4 no Porto e um em Setúbal.