Confirmando a dinâmica positiva registada no mercado português em 2016, a APEMIP dá nota de um aumento entre os 20 e os 25% nas transações de alojamentos familiares no ano passado, e de entre 16 a 20% em todas as transações imobiliárias (urbanos, rústicos e mistos).
Embora positivos, estes números ficaram aquém da expetativa do presidente da APEMIP, Luís Lima, como o próprio reconhece. “A minha estimativa de crescimento para o ano de 2016 rondava os 30-25%, o que não aconteceu devido a algumas situações que provocaram retração e desconfiança junto dos investidores. Refiro-me ao anúncio da criação de um novo imposto sobre o património, o Adicional ao IMI, e ao problema de credibilidade que se está a criar devido aos atrasados na concessão de vistos de residência, ao abrigo do programa de Autorização de Residência para Atividade de Investimento (Vistos Gold) que está a espantes nomeadamente os investidores chineses, que desconfiam da transparência e segurança deste mecanismo. Se não fossem estes dois casos, creio que o crescimento teria sido ainda maior”, afirmou.
Em relação a 2017, o representante das imobiliárias portuguesas está confiante que estão reunidas as condições para que este seja um ano melhor que o anterior, estimando que o mercado nacional assista a um crescimento na ordem dos 30%.
“A retoma do setor imobiliário está mais do que estabelecida e é um mercado com enorme potencial de valorização e de descentralização do investimento nacional e estrangeiro para outras regiões do país, continuando a haver uma aposta na reabilitação urbana para recolocação destes imóveis no mercado, através do arrendamento urbano ou do alojamento local. No entanto, é necessário que este mercado possa funcionar normalmente, sem sobressaltos que possam ser introduzidos por eventuais medidas que afetem a credibilidade que o mercado imobiliário deve ter”.