Senhorios podem subir rendas em 2,24% no próximo ano

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No próximo ano, as rendas estarão sujeitas a uma atualização de até 2,24%. Este valor resulta da média do Índice de Preços no Consumidor, sem habitação, registada nos últimos 12 meses até agosto, e agora divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.

De recordar que os dados preliminares da inflação de agosto estimavam um aumento de 2,25%, agora corrigido com os dados definitivos para 2,24%. Esta é taxa máxima de atualização aplicável aos contratos que estejam feitos há mais de um ano, ao abrigo do Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU) e do Novo Regime do Arrendamento Rural (NRAR), cabendo ao senhorio decidir se o fará. No entanto, se existir outro mecanismo previsto no contrato para a atualização das rendas, é o acordado entre as partes que vigora.

De acordo com os últimos números do INE, a taxa de variação homóloga do IPC, ou seja, da inflação, foi de 2,8% em agosto. O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação de 2,4%. Já a variação do índice relativo aos produtos energéticos situou-se em -0,2% (-1,1% no mês anterior) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados voltou a acelerar pelo sétimo mês consecutivo, para 7,0% (6,1% em julho).

A variação mensal do IPC foi de -0,2% (-0,4% no mês precedente e -0,3% em agosto de 2024).

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor português, calculado pelo INE e utilizado para efeitos de comparação entre os vários países da União Europeia, registou uma variação homóloga de 2,5%, idêntica à do mês anterior e superior em 0,4 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat para a zona euro. Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 2,3% em agosto, idêntica à área do Euro.

Em agosto, a variação homóloga das rendas de habitação por metro quadrado foi de 5,1%, subida idêntica à do mês anterior. Segundo o INE, todas as regiões do país registaram variações homólogas positivas das rendas, com a Madeira a registar o maior aumento homólogo, de 7%.

A variação mensal do valor médio das rendas por metro quadrado foi de 0,4%, com novo destaque para a Madeira, com um aumento de 0,6%.