Preços da habitação subiram 10,3% em 2018 (atual.)

Preços da habitação subiram 10,3% em 2018 (atual.)

 

O IPHab é agora divulgado pelo INE, e mostra que o aumento médio anual dos preços das habitações existentes foi de 11%, ao passo que o preço das casas novas subiu 7,5%.

No 4º trimestre, os preços das casas cresceram 9,3% face a igual período do ano anterior, mais 0,8% que no trimestre anterior, «invertendo-se a trajetória de desaceleração registada nos dois trimestres anteriores», salienta o INE. A subida dos preços foi superior no caso dos alojamentos existentes, que subiram 9,5%.

Em 2018 foram transacionadas 178.691 casas, mais 16,6% e 25.399 habitações do que em 2017, transações que somaram os 24.100 milhões de euros, mais 24,4% que no ano anterior.

Nota para uma desaceleração do número das transações registadas no último trimestre do ano, passando de uma variação homóloga de 18,4% no 3º trimestre para os 9,4%. O valor das transações também desacelerou neste semestre de 29,1% no 3º trimestre para os 10,7% no 4º trimestre.

 

Lisboa concentra maior parte da atividade, Norte ganha peso

64,6% do número de transações realizou-se na Área Metropolitana de Lisboa, mais 16,4% que o registado no ano anterior. Este volume de transações representou 48% do valor total das vendas de habitação, mais 23,9%.

Por outro lado, a região Norte registou uma quota de 23,5% do valor das vendas, a maior percentagem registada desde 2013. Juntamente com o Alentejo, foram as únicas regiões do país a aumentar o seu peso relativo no valor das vendas.

 

Transações podem diminuir em 2019

Estes números, em linha com os do Gabinete de Estudos da APEMIP, confirmam as estimativas da associação, «que apontavam para um aumento entre os 15% e os 20% em 2018».

Luís Lima, presidente da APEMIP, comenta em comunicado que «2018 foi um ano positivo que manteve a rota de crescimento do setor imobiliário em Portugal. Gostaria que em 2019 se mantivesse este mesmo percurso, mas temo que já no primeiro trimestre do ano possamos denotar algum decréscimo no número de transações, que se prende essencialmente pela ausência de stock imobiliário. Há poucos ativos no mercado, e os que existem não correspondem às necessidades e possibilidades das famílias portuguesas».

Negando uma bolha imobiliária, Luís ima aponta que há um problema de «forte desequilíbrio entre a oferta e procura. Há procura, há clientes para todo o tipo de mercado, nacionais e estrangeiros, mas não há casas para vender, e as que há, sobretudo nas grandes cidades, estão a preços acima do que seria desejável».

 

 

 

 

Atualização às 16:08