É o que mostra o Índice de Preços Residenciais para a região do Algarve, apurado pela Confidencial Imobiliário, indicador que monitoriza a evolução dos preços de venda da habitação em todo o país.
Albufeira, Loulé e Tavira registaram neste trimestre as valorizações homólogas mais intensas da região de 17%, 16,1% e 15,1%, respetivamente. Portimão, o mercado com maior dinâmica de vendas, registou uma subida de 11,6% em termos homólogos.
Por outro lado, Faro (11,8%), Silves (7%) e Lagos (5,3%) são os outros três mercados cujos preços sobem menos que a média regional. Os restantes nove mercados da região valorizaram acima da média apurada para o total do Algarve, apresentando no trimestre uma subida homóloga de 14,5%.
Este é o terceiro trimestre consecutivo em que o IPR para o Algarve revela um crescimento homólogo inferior ao da média nacional. No 4º trimestre de 2017, os preços da habitação subiam 17,6% na região, comparando então com os 12,8% observados para o mercado nacional. Desde então que os preços no Algarve alternam entre abrandamentos e acelerações, o que resultou numa perda acumulada de 4,5% entre o final de 2017 e o 3º trimestre do ano passado.
No mesmo período, a subida consistente a nível nacional permitiu que o índice acelerasse 2,8%, mantendo uma evolução homóloga acima da região.
Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, comenta em comunicado que «a exposição do mercado residencial algarvio ao turismo (maior e mais prolongada que a registada em Lisboa ou Porto), com predominância dos compradores britânicos entre o público internacional, pode explicar este comportamento um pouco mais volátil, dado que este é um mercado em que os preços tendem a responder a racionais de investimento e turismo, ao invés de a fatores estritos relacionados com a procura de habitação pelas famílias», explica.