Em junho, pelo segundo mês consecutivo, os juros representaram mais de metade da prestação do crédito à habitação, com a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos a chegar aos 3,649%, o valor mais alto que se regista desde abril de 2009. Traduz uma subida de 25 pontos base face ao mês anterior.
De acordo com os números do Instituto Nacional de Estatística, neste mês a prestação média do crédito à habitação fixou-se nos 361 euros, mais 9 euros que no mês anterior, e mais 100 euros que em junho do ano passado, ou seja, um aumento homólogo de 38,3%.
Neste valor médio, a componente dos juros representava assim 53% da prestação média vencida (192 euros), e a amortização de capital 47% (169 euros). De salientar que, em junho do ano passado, a componente dos juros representava apenas 16% do valor médio da prestação, que era na altura de 261 euros.
A taxa de juro implícita no que diz respeito ao destino de financiamento Aquisição de Habitação (o mais relevante do conjunto), subiu para 3,631%, mais 24,8 pontos base que em maio.
Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro subiu de 3,882% em maio para 4,132% em junho, atingindo o valor mais elevado desde maio de 2012. A taxa para Aquisição de Habitação fixou-se nos 4,123%, subindo 25,2 pontos base.
No caso dos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação subiu 18 euros face ao mês anterior, para 609 euros em junho, uma subida de 48,9% face a junho de 2022.
O capital médio em dívida aumentou 127 euros em junho, para 63.296 euros.