Os quatro mil imóveis devolutos identificados pelo Estado vão ser transformados em cerca de oito mil habitações, sendo que já há obras em curso. A garantia foi dada pelo Primeiro-Ministro, António Costa, esta quarta-feira, na Assembleia da República.
«Procedemos a uma identificação dos milhares de imóveis devolutos do Estado. 4.000 imóveis que podem dar lugar a 7.925 fogos», indicou António Costa no debate sobre política geral no Parlamento, citado pelo Negócios. O Primeiro-ministro adiantou que «neste momento há intervenções em curso entre o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana e os municípios».
Estas declarações de António Costa vêm na sequência dos questionamentos de Joaquim Miranda Sarmento, deputado do PSD, que declarou que «o programa da habitação tem medidas positivas, mas falha em boa parte», acrescentando que «já abrimos o melão, já o provámos e o melão não é bom», uma referência às declarações do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que, ao comentar o pacote da habitação, utilizou a metáfora de «abrir o melão», tópico este abordado no Minuto Imobiliário.
Entre os imóveis devolutos do Estado há terrenos, apartamentos ou edifícios públicos históricos. É o caso do antigo quartel da GNR no Largo do Cabeço da Bola, em Lisboa, de acordo com o Eco. O Estado, através do FNRE, vai investir 65 milhões de euros neste ativo para construir apartamentos, que, em grande parte, ficarão disponíveis no Programa de Arrendamento Acessível.