As rendas medianas dos novos contratos de arrendamento subiram 10,6% no 4º trimestre do ano passado, face ao ano anterior. Foram registados 22.628 novos contratos, menos 3,3% que em 2021, mostram os últimos números do INE.
A renda mediana subiu em todas as regiões do país (NUTS III), com as rendas mais altas a registar-se na Área Metropolitana de Lisboa a (10,38 €/m²), Algarve (8,06 €/m²), Área Metropolitana do Porto (7,62 €/m²) e Região Autónoma da Madeira (7,54 €/m²). Foram também estas as regiões do país que registaram subidas acima da mediana do país.
Com taxas de variação homóloga da renda mediana por metro quadrado e do número de novos contratos de arrendamento superiores às do país, destacam-se Cascais (+21,0% e - 1,9%), Seixal (+18,1% e +2,5%), Setúbal (+15,0% e +7,1%), Sintra (+12,4% e -2,0%), Almada (+10,7% e -3,0%), Maia (+10,8% e -2,0%), Guimarães (+15,1% e +4,7%) e Funchal (+12,8% e +19,8%). Pelo contrário, Gondomar (+10,3% e -10,8%), Odivelas (+6,2% e -11,9%), Loures (+9,4% e -9,3%) e Leiria (+10,3% e -7,7%), apresentaram variações homólogas da renda mediana e do número de novos contratos de arrendamento inferiores às do país, respetivamente.
O INE dá nota que no 4º trimestre do ano passado registou-se uma subida homóloga da renda mediana em 24 municípios com mais de 100.000 habitantes. As cidades com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados registaram também subidas homólogas superiores ao geral do país, nomeadamente Lisboa, com uma mediana de 14,53 euros e uma subida de 22,4%, Cascais, com 13,66 euros e um aumento de 21%, Oeiras, com 12,65 euros e mais 23,9%, ou o Porto, com 10,64 euros e uma subida de 16,3%.
Lisboa regista 9.956 novos contratos, mais 4,3%
Nos 12 meses terminados no 2º semestre de 2022, Lisboa registou o maior número de novos contratos, num total de 9.956, mais 4,3% que no período homólogo. Porto, Sintra e Vila Nova de Gaia registaram 4.575, 3.149 e 2.849 novos contratos, respetivamente.
10 das 24 freguesias da capital registaram valores medianos de novos contratos de arrendamento iguais ou superiores a 13 euros por metro quadrado. Santo António destaca-se com a renda mais alta, de 16,34 euros, numa variação homóloga, de 22,6%. Esta renda é seguida de parto pelos 15,13 euros de Santa Maria Maior. Santa Clara, com 9,56 euros e Lumiar, com 11,39 euros, registaram os valores mais baixos. Todas as freguesias registaram taxas de variação homóloga positivas, mas Marvila teve a maior subida, de 29,1%.
No Porto, Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde registou o valor de rendas dos novos contratos mais elevado da cidade, de 11,78 euros, e a maior variação homóloga. Lordelo do Ouro e Massarelos também registou uma mediana (10,56 euros) e variação (15,4%) superiores à do Porto (9,98 euros e 12,8%).