O FMI acredita que «alguns países», sem mencionar quais, poderão verificar maiores riscos, que podem colocar em causa a estabilidade financeira e macroeconómica a nível mundial no médio prazo.
O aviso é feito no capítulo analítico dedicado aos preços do imobiliário divulgado recentemente, parte do relatório Global Financial Stability Report, numa altura em que os preços das casas são tema de discussão em todo o mundo, fruto das baixas taxas de juro continuadas nos últimos anos. O relatório citado pelo Negócios não é alarmista, mas o FMI admite que «os dados mais recentes parecem apontar para um aumento dos riscos negativos nos preços das casas durante os próximos um a três anos em alguns países».
A preocupação do FMI prende-se com uma possível quebra abrupta nos preços das habitações, que podem «afetar de forma adversa» o desempenho macroeconómico e a estabilidade financeira, tal como em 2008. Mas admite que os riscos são menores do que nessa altura, apesar do imobiliário ser ainda muito significativo no balanço dos bancos.
Neste relatório, o Banco de Portugal é mencionado pela sua estratégia de mitigação dos riscos do imobiliário nacional, no que diz respeito aos riscos financeiros, nomeadamente pelos critérios de concessão de crédito À habitação mais apertados.