A Century 21 registou uma faturação, no conjunto do ano de 2022, superior a 94,7 milhões de euros. Este valor atingido pela imobiliária representa um acréscimo de 24% face aos 76 milhões de euros registados no mesmo período do ano anterior.
O volume de negócios mediado diretamente pela rede Century 21 Portugal, e em partilha com outros operadores, acelerou 36% para os 3.773 milhões de euros, em linha com os principais indicadores de mercado registados em 2021.
Maior procura por apartamentos T2 e T3
Os apartamentos T2 e T3 continuam a ser as habitações mais procuradas pelos portugueses. Entre janeiro e dezembro de 2022, foram efetuadas 20.057 transações de venda de imóveis na rede imobiliária, o que representa aumento de 23% em relação às 16.312 realizadas em 2021. O valor médio dos imóveis transacionados na rede Century 21 Portugal registou um aumento de 11,7 % e fixou-se nos 187.900 euros, a nível nacional.
Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal, enfatiza que «estes resultados anuais traduzem o esforço realizado para encontrar soluções de habitação para os portugueses. Verifica-se um desafio crescente em termos de acessibilidade à habitação, que cada vez deixa mais jovens e famílias sem capacidade para adquirir casa. Se a atual conjuntura macroeconómica se mantiver, é expetável que em 2023 se continue a registar uma diminuição do número de transações e uma estabilização dos preços dos imóveis».
No conjunto do ano de 2022, o número de operações de arrendamento registou uma subida de 19%, em linha com a tendência crescente do ano anterior. Foram realizadas 4.791 operações de arrendamento, quase mais de duas por dia do que as 4.034 efetuadas em 2021.
“O segmento de arrendamento é uma solução habitacional”
Ricardo Sousa explica que «o segmento de arrendamento é mais flexível e bastante responsivo às flutuações da oferta e da procura. É uma solução habitacional, sobretudo, para quem apresenta menor capacidade económica e não reúne os critérios necessários para atribuição de crédito à habitação, ou para famílias e jovens que procuram uma opção flexível e temporária de habitação».
Clientes internacionais representaram 18% das transações de venda
Os clientes internacionais, entre janeiro e dezembro de 2022, representaram 18% das transações de venda de imóveis, na rede Century 21. «Registou-se um interesse crescente por diferentes regiões de Portugal, o que comprova uma tendência de descentralização da procura, por parte dos clientes internacionais», lê-se em comunicado.
O valor médio das transações imobiliárias neste segmento situou-se nos 340.000 euros, a passo que as famílias portuguesas procuram imóveis, em média, até 188 000 euros.
A Century 21 destaca que Portugal «continua a apresentar um posicionamento e credibilidade invejáveis, enquanto destino para viver e investir, e está a captar clientes de nacionalidades sem grande tradição de comprar casa no país»
Os norte americanos são, atualmente, o cliente internacional número um da rede Century 21 Portugal. Os cinco principais países de origem do segmento internacional foram os Estados Unidos, França, Reino Unido, Brasil e Suíça.
Tendências para 2023
A Century 21 traçou quatro tendências que poderão decorrer ao longo deste ano.
Diminuição do número de transações
Em primeira instância, a redução do número de transações pela escassez de oferta de imóveis ajustados ao poder de compra dos portugueses. A rede imobiliária salienta que, o agravamento das condições de financiamento para compra de habitação, vai condicionar o poder de compra dos portugueses e restringir o valor do imóvel que podem comprar.
Aumento do tempo médio de venda dos imóveis
A rede Century 21 Portugal reforça que os proprietários deverão ser mais realistas na definição de preço de venda dos seus imóveis, numa relação mais equilibrada entre proprietários e compradores.
Estabilização dos preços dos imóveis
A rede imobiliária refere que «as circunstâncias atuais do mercado não irão permitir os níveis de evolução dos preços registados em 2022», sendo que «não é expectável que se registe uma real diminuição do valor das habitações». Algumas zonas periféricas das principais cidades irão registar uma maior pressão gerada pela descentralização da procura, que pode levar a uma subida e preços, sublinha a rede imobiliária.
Arrendamento
A Century 21 constata que «é expectável um aumento da procura por esta solução habitacional, como consequência direta da subida das taxas de juro e pelo aumento das famílias que não vão reunir as condições necessárias para aceder ao crédito à habitação, o que irá provocar uma maior pressão no aumento do valor das rendas».