A falta de casas é um entrave considerável para a execução atempada dos projetos apoiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Existem projetos deste programa de aplicação nacional que estão em risco de não ter uma execução dentro do calendário previsto devido à falta de casas, nomeadamente para alojar profissionais que é necessário contratar, de acordo com informação avançada pelo Público, citado pelo Porto Canal.
A título de exemplo, em Évora há um projeto para transformar Portugal num país produtor de aviões, todavia a oferta insuficiente de casas e os preços praticados, «equivalentes aos das grandes cidades», compromete a capacidade de cumprir este projeto apoiado pelo PRR, sublinha Miguel Braga, responsável do consórcio.
De recordar que 2026 é o ano em que tem de ser concluído o plano criado para recuperar a economia europeia pós-pandemia, cujo calendário é acordado com o Parlamento Europeu.
O projeto em causa tem como objetivo alavancar a indústria aeronáutica, que está se está a implementar em Ponte de Sor, distrito de Portalegre, mas com ramificações a muitas outras cidades do Norte ao Sul do país. No entanto, o país não tem os profissionais necessários para cumprir esta ambição até 2026.
Assim sendo, a solução deve passar pela procura de profissionais no mercado mundial, nomeadamente Brasil, mas atendendo que o prazo é curto é crucial recrutar pessoas com experiência, que possam iniciar funções de imediato.