Este crescimento representa uma aceleração face aos 12,8% registados no final de 2017, e reflete o comportamento homólogo predominante ao longo de 2018. Entre abril e setembro, a subida situou-se entre os 15% e os 16%, chegando a atingir mais de 17% em outubro e novembro.
Ainda assim, segundo a Ci, o desempenho homólogo dos preços em dezembro representa um «arrefecimento» face ao mesmo indicador observado no mês anterior, quando foi atingida a valorização mais elevada dos últimos 10 anos, de 17,3%.
O ano passado deu continuidade ao ciclo ininterrupto de 5 anos de valorizações homólogas, que se intensificou desde meados de 2017, período a partir do qual os preços residenciais registaram subidas homólogas superiores a 10%. Os preços apresentam, assim, um ganho de 46% face a meados de 2013, quando atingiram o seu ponto mais baixo.
Ricardo Guimarães, diretor da Ci, comenta que «após um ciclo de intensificação das valorizações como aquele a que temos assistido e considerando que esta é uma tendência que desde finais de 2017 se generalizou a todo o território nacional, as expetativas do mercado, conforme os inquéritos do Portuguese Housing Market Survey, são para que os preços mantenham a tendência de subida este ano, mas com uma progressiva suavização do ritmo».
Explica: «por um lado, devido ao nível de preços que já se atingiu e que começa a ter, por parte da procura, alguma reação de cautela. Por outro lado, sendo a falta de oferta a grande base de sustentação desta subida, à medida que entrar novo stock no mercado, o crescimento tenderá a amenizar. Esse reforço está já a acontecer, contabilizando-se nos últimos dois anos mais de 70 mil novos fogos a entrar em processo de licenciamento em Portugal, de acordo com os dados do Pipeline Imobiliário».