Os números constam do Índice de Preços Residenciais para o trimestre da Confidencial Imobiliário, que monitoriza 278 concelhos de Portugal Continental, apurando que, no total do país, o preço de venda das casas registou um crescimento homólogo de 15,6% em setembro. Em 90 concelhos o crescimento homólogo manteve-se acima dos 10% no trimestre e cerca de 20 apresentaram valorizações superiores à média nacional. Lisboa, Porto e Áreas Metropolitanas continuam a registar as valorizações mais expressivas do conjunto.
De notar que na AM Lisboa os preços subiram entre 10% a 25% nos vários municípios, embora, segundo a Confidencial Imobiliário, se note uma tendência de abrandamento do crescimento em Lisboa, Cascais e Oeiras, onde os preços subiram 1 8,6%, 24,9% e 16,7%, respetivamente.
Em todos os outros mercados da região, e fruto da crescente dispersão do investimento na construção de nova habitação para a segunda coroa de Lisboa, as subidas anuais continuam em aceleração, tendo acentuado em 12 dos 15 mercados e estando agora entre os 21,6% (Odivelas) e os 9,7% (Setúbal). Já no curto-prazo, o comportamento dos preços na AM Lisboa exibe uma tendência generalizada de suavização da subida. Com exceção de Sesimbra e Sintra, todos os restantes mercados metropolitanos (incluindo Lisboa) exibiram taxas de variação trimestral abaixo ou em linha com as verificadas no trimestre anterior, com este indicador a situar-se, no 3º trimestre, entre os 0,5% de Cascais e os 7,1% de Sintra. Na maioria dos concelhos, a subida trimestral está no patamar de 3% a 4%.
Nota ainda para a AM Porto, que regista uma intensificação transversal das subidas homólogas, as quais se posicionam no trimestre entre os 13% e os 29%. O Porto, onde o ritmo de valorização esteve bastante abaixo de Lisboa nos últimos dois anos, chega ao 3º trimestre como o mercado em que os preços mais crescem a nível nacional (28,8%, em termos homólogos), mesmo depois de uma forte aceleração desde o final de 2017, quando a subida anual se fixava em 11,4%.
Nos restantes mercados da AM Porto, com exceção de Matosinhos onde a subida se mostrou ligeiramente mais contida no 3º trimestre (mas mesmo assim situando-se em 18,4%), observou-se uma subida anual em alta face aos patamares atingidos no trimestre anterior, oscilando agora entre os 12,9% de Espinho e os 22,9% de Vila do Conde. Aceleram também os preços na variação trimestral, apesar de alguns mercados já evidenciarem um ligeiro abrandamento do crescimento, nomeadamente Matosinhos. As variações em cadeia mantêm-se fortes em toda a AMP, entre os 9,5% de Vila do Conde e os 3,4% de Matosinhos.