A associação pronunciou-se num comunicado de imprensa em resposta ao relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental, segundo o qual a aplicação de benefícios fiscais a quem coloque os seus ativos no arrendamento urbano não será a fórmula mais eficaz para dinamizar este mercado, defendendo esta estrutura que a solução passa assim por atuar do lado da oferta.
Para o presidente da APEMIP, Luís Lima, «a introdução de benefícios fiscais aos proprietários que coloquem as suas casas no mercado de arrendamento é um dos pontos que não tem reunido consenso entre os partidos. Mas é, na nossa ótica, um dos principais incentivos aos senhorios para que apostem neste mercado. Temos que pensar que o proprietário olha para o seu imóvel como um negócio, e que se não se sentir seguro e considerar que o risco que corre não compensa o retorno que obtém, é natural que não se sinta tentado a colocar a sua casa a arrendar, e muito menos a preços acessíveis».
Para o responsável, «o que o mercado hoje precisa é que haja uma renovação do stock de arrendamento de médio-longo prazo, e a preços que os jovens e famílias portuguesas possam pagar. Os benefícios fiscais a quem aceite esta condição, poderão não resolver todos os problemas mas serão, decerto, um ótimo empurrão para um mercado que em vez de avançar, só recua».
E conclui que «no panorama atual e com a procura que hoje existe, o Estado, sozinho, não terá meios para dar a resposta necessária. É preciso que o mercado também atue, mas não sejamos ingénuos, pois tudo se manterá inalterado se não forem tomadas medidas efetivas que incentivem os proprietários a dirigir os seus ativos para o arrendamento».