Reagindo ao anúncio da criação do novo Ministério da Habitação, a APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal mostrou o seu «maior agrado e as melhores expectativas, uma vez que a habitação sendo caracterizada por total transversalidade à nossa sociedade, tem atualmente enormes desafios em diversas e distintas frentes», refere em comunicado.
Paulo Caiado, Presidente da APEMIP, destaca que «a dificuldade no acesso à habitação é de um assunto da maior relevância na vida de muitos portugueses e que atinge, cada vez mais, importantes setores da população, nomeadamente a população jovem e franjas muito alargadas da classe média». E expõe que «segundo números recentes existem atualmente 50 mil famílias a necessitarem de uma habitação condigna; existem 2,7 mil milhões de euros do PRR para serem aplicados em habitação; existe um prazo muito curto para a sua aplicação; e, existe, simultaneamente a tarefa gigante de superar a escassez de mão de obra, contratualizar com a de incerteza do comportamento da inflação, agilizar os procedimentos do licenciamento urbano e aplicar as medidas construtivas no âmbito dos objetivos traçados de emissão 0 em 2050».
Paulo Caiado realça também que a nova ministra, Marina Gonçalves, «conhece bem o setor e os seus estrangulamentos», sendo que o mais evidente é, considera, «a contínua morosidade na aprovação dos processos de licenciamento de projetos que, na generalidade dos casos, têm que esperar dois ou mais anos para verem reunidas todas as aprovações e pareceres da multiplicidade de instituições envolvidas».