De acordo com esta publicação, e no que se refere à oferta atual deste novo formato de escritórios, Londres encontra-se no topo da lista. Amsterdão, Paris, Estocolmo e Berlim são as restantes cidades no top 5 do ranking. A Cushman & Wakefield nota que o caso de Amsterdão «é particularmente relevante», por ser o mercado da Europa com o maior peso relativo deste formato, que representa na cidade 6% do total da oferta de escritórios, face a uma média europeia de 2%.
Já as cidades de Amesterdão, Estocolmo, Helsínquia e Dublin estão entre os próximos destinos europeus preferidos para a localização de espaços de coworking e de escritórios flexíveis, pelo grande potencial que que apresentam, refere a mesma fonte.
No “European Coworking Hotspot Index” Lisboa ocupa o 37º lugar em termos de potencial para o desenvolvimento de espaços de coworking, posto pouco representativo, e em grande parte impactado pela reduzida dimensão da nossa economia e do mercado de escritórios. Ainda assim outros fatores como a legislação pouco flexível do mercado de trabalho, penalizam igualmente uma abordagem menos convencional ao mercado de trabalho.
A capital portuguesa conta hoje com uma oferta de coworking que ronda os 50.000 m², representando menos de 1% da oferta total da cidade. No entanto, o dinamismo do setor neste último ano foi evidente, comprovado pelo peso que este formato teve na procura total de escritórios, próximo dos 9%.
«A transformação a que temos vindo a assistir na cidade de Lisboa, pautada por um crescimento significativo das áreas tecnológicas e por uma abordagem cada vez menos tradicional ao mercado de trabalho, vai certamente impactar o crescimento dos espaços flexíveis, sendo expectável que no futuro Lisboa suba no ranking do potencial de desenvolvimento de espaços de coworking», considera Marta Esteves Costa, Diretora de Research da Cushman & Wakefield.
Até porque, nota, «o crescimento do coworking está a forçar operadores e proprietários a repensar todo o design e fit-out dos espaços tradicionais de escritórios para acomodar as necessidades deste novo tipo de ocupação.”
O coworking ou escritórios flexíveis são uma nova abordagem ao conceito de escritórios - consistem em espaços geridos por operadores especializados que oferecem aos seus utilizadores um conjunto de serviços acrescido à simples disponibilização do espaço, bem como uma muito maior flexibilidade em termos de contrato.
A Cushman & Wakefield monitoriza 11.000.000 m² de espaços de coworking, escritórios com serviços partilhados e espaços flexíveis. Londres é a cidade europeia com maior atividade a este nível, com o coworking a representar 4,6% da oferta total de escritórios deste mercado, ou mais de 1.100.000 m². A cidade de Nova York revela também um peso importante deste novo conceito de escritórios e, em conjunto; ambas as cidades representam 22% da oferta total de coworking a nível mundial.
O “European Coworking Hotspot Index” tem como objetivo avaliar o potencial futuro para o crescimento de coworking na Europa, resultando num ranking das 40 cidades europeias mais atrativas para espaços de coworking.