Este responsável comenta a edição mais recente do Prime Watch, relatório elaborado pela consultora que analisa a performance do imobiliário português, que mostra que Lisboa tem registado uma forte procura por parte destes investidores que procuram diversificar os seus portfólios, num «clima de maior prudência que se vive internacionalmente».
Neste contexto, só em imobiliário comercial, Portugal captou cerca de 1.300 milhões de euros de investimento em 2016, 86% estrangeiro, com o setor dos escritórios a liderar, com 46% das transações efetuadas, ultrapassando mesmo o retalho, que é tradicionalmente o setor dominante.
O mesmo responsável aponta que «a limitação de oferta de espaço de qualidade leva a que se procure outras localizações como o Porto ou outras cidades, o que pode limitar esta dinâmica na economia portuguesa. Esta situação é expressa e amplamente demonstrada ao longo do Prime Watch».
O relatório também salienta que os valores sob gestão dos fundos de investimento imobiliário em Portugal continuam a sua trajetória descendente, pelo 4º ano consecutivo, consequência de uma estratégia de venda de ativos, tanto nos fundos abertos como nos fundos fechados, o que «revela que ambos se mantêm vendedores, aproveitando a compressão das yields e o interesse dos investidores» no país.
Foto: Joaquim Manços