No ano passado, este mercado representou 30% do total das dormidas, por isso, a «grande aposta» em ano de pandemia passa pelo turismo interno, que «poderá ajudar a que 2020 não seja um ano completamente perdido», acredita a secretária de Estado do Turismo, Rita Batista Marques.
Falando na 4ª Webconferência PME no Radar, iniciativa do Negócios e do Santander dedicada ao turismo, a governante partilhou que «o turismo tem ajudado muito o país, por isso é altura para uma certa reciprocidade e os portugueses ajudarem o turismo».
O turismo parou quase por completo com a pandemia, depois de o país ter recebido cerca de 27 milhões de hóspedes no ano passado. Em janeiro, a subida foi de 12%, em fevereiro de 14%, e em abril este valor caiu 97%, segundo o INE: «batemos no fundo e só há uma alternativa, é dar a volta, porque, quando se bate no fundo, qualquer melhoria que tenhamos será sempre melhor que a situação que temos atualmente», defende a secretária de Estado.
Novo pacote de medidas a caminho
O Governo admite trabalhar num segundo pacote de apoios ao setor do turismo. Conforme recorda Rita Marques, logo em março «houve uma preocupação em criar os instrumentos e as medidas que pudessem permitir que as empresas pudessem respirar um pouco».
Segundo a secretária de Estado, «o balanço que fazemos das medidas é relativamente positivo, e digo relativamente porque há espaço para melhorar. Inclusivamente estamos a trabalhar para um segundo pacote de medidas».
Além dos instrumentos financeiros, fiscais, e moratórias fiscais e de crédito bancário, Rita Marques revela que «desenhamos um pacote importante de ações de formação para todos os profissionais que estavam confinados em casa, em muitos casos em lay-off. O turismo representou 25% das empresas que solicitaram o lay-off e tivemos uma preocupação acrescida no que toca à competência dos profissionais do turismo porque este é um setor de pessoas para pessoas».