É o que garante Miguel Franco, administrador da empresa, apesar das «semanas complicadas para toda a gente», falando no Conversas Diárias – Especial Covid-19. Segundo o responsável, a empresa continua «a produzir em Portugal para exportação e estamos a alimentar o mercado nacional. As diferentes obras que tínhamos em carteira estão ativas, e estamos a trabalhar em contínuo, apesar de alguns percalços, como quebra de fornecimento de componentes de Espanha ou Itália, mas as fases mais complicadas já foram ultrapassadas».
Com operação em vários pontos da Europa, a Schmitt nota que as obras pararam «em vários países», como Espanha, Itália ou Áustria, ao contrário de Portugal. Na Alemanha, «têm-se mantido ativas, mas há um problema de mão-de-obra, muitos trabalhadores vêm de outros países, por isso decorrem num ritmo mais lento».
Em contraste, «em Portugal tivemos a resiliência de manter todas as operações a funcionar», o que tem ainda maior relevo dado que «este é um setor muito importante para a economia portuguesa, e nós tivemos essa sorte, enquanto fornecedores e parte da cadeia de valor», destaca Miguel Franco.
Boa imagem vai ajudar no investimento
Miguel Franco acredita que Portugal está a passar «uma boa imagem» para o estrangeiro, no que diz respeito ao controlo da pandemia, destacando-se «de forma positiva num contexto de crise. E isso vai ter impacto em todo o investimento, nomeadamente no imobiliário».
Está convencido de que o interesse «continua muito ativo» e identifica a manutenção da procura por parte de «vários fundos», em particular na área industrial. Garante que «mantêm-se os projetos que estavam em curso e o interesse dos investidores», mas ressalva que «todos percebemos que as coisas vão demorar um pouco mais».
O que é certo é que, para já, os promotores estão a seguir os seus projetos: «as obras ativas estão a ser executadas por todo o país». Além disso, «pela nossa experiência de envolvimento no projeto numa fase inicial, através dos projetistas e dos arquitetos, notamos que tem havido um aumento da procura de projeto. E podemos inferir que essas obras se vão realizar, é uma situação diferente de 2010 ou 2011, quando o número de projetos caiu de um dia para o outro».
Miguel Franco acredita que as medidas para já adotadas pelo Governo seguem «a estratégia correta» e momstram uma «preocupação muito séria em garantir que haja uma retoma» da economia. E deixa uma mensagem de esperança, salientando que «já passamos por fases complicadas, mas Portugal tem esta grande capacidade de resiliência e de agarrar os problemas e de os resolver. Temos uma excelente imagem na Europa mesmo nestas situações. Levando o seu tempo, as coisas ficarão melhores no médio prazo», acredita.