Neste trimestre, a imobiliária registou uma ligeira descida no volume total de transações face a igual período do ano passado, e uma subida de 5,1% do volume de preços.
A Remax reconhece os «sinais de abrandamento» devido à pandemia, mas não tem dúvidas da «rápida recuperação do mercado». Até porque, no primeiro trimestre do ano, os Portugueses representaram 81,1% das transações registadas. Seguiram-se os brasileiros, com 5,9%, os franceses e os angolanos, com 1,5% do total.
Só em Lisboa foram registadas 2.027 transações, 14,1% do total. Seguem-se Sintra (6,6%), Cascais (4%), Oeiras (3,7%), Almada (3,4%), Loures (2,8%), Amadora (2,7%), Odivelas (2,6%) e Setúbal (2,3%). No total, os 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa representam 42,1% dos imóveis transacionados pela rede entre janeiro e março deste ano. O Porto representou 2,4% do total.
Beatriz Rubio, CEO da Remax, comenta em comunicado que «o ano de 2020 arrancou com muita vitalidade, contudo devido à pandemia, março foi um mês que oscilou entre crescimento dos indicadores económicos, na primeira metade, com quebra na segunda metade. Não obstante, o desempenho do trimestre foi claramente positivo e que nos permite antever uma retoma pós Covid-19, que poderá perspetivar-se a partir do terceiro ou quarto trimestre».
E acrescenta que «este contexto pandémico trouxe-nos algo que nunca vivemos e afetou tanto a oferta como a procura, pelo que é nossa convicção que a retoma seja feita de ambos os lados. O mercado imobiliário está muito ligado à motivação das pessoas e aos seus índices de confiança, sendo que as mesmas estão ainda à procura de se adaptarem às novas realidades».
Por isso, considera, «é fulcral que o setor imobiliário encare os novos desafios e também se adapte rapidamente à nova realidade do mercado. Aposta em tecnologia, um maior uso de canais digitais nas vendas de imóveis e formação contínua são elementos chave para um setor que se quer cada vez mais profissional e capaz de fazer face às contingências atuais».