O nosso país está, assim, fora da lista de destinos seguros para os britânicos poderem viajar sem a obrigação de quarentenas no seu regresso. Desde 6 de julho que assim é, mas era expectável que a situação pudesse mudar com esta nova revisão do processo, que ficou conhecida na última semana. A decisão é tomada com base no número de infeções pelo novo coronavírus por cada 100.000 habitantes.
A lista dos países com “luz verde” para os britânicos viajarem incluía 59 destinos, aos quais se juntaram agora a Estónia, Letónia, Eslováquia, Eslovénia, São Vicente e Granadinas.
O Expresso recorda que as reavaliações são feitas semanalmente, e que as medidas de controlo de fronteiras são atualizadas de 28 em 28 dias. O verão turístico português pode, assim, ficar perdido no que toca ao mercado britânico, principalmente no Algarve, onde o turismo britânico representa 50% dos passageiros no aeroporto de Faro.
Elidérico Viegas, presidente da AHETA, comenta que «é mais do que um ano perdido. O certo é que o Algarve ficou praticamente fora da pandemia, e foi fortemente prejudicado por critérios que não levam em consideração outras realidades», diz o responsável, não escondendo «a desilusão com esta decisão. Estávamos confiantes que este ano faríamos receitas que ajudassem a esbater os meses de pandemia, que obrigou a 100% de paragem em março, 90% em abril e maio, e a nossa esperança eram julho e agosto».