Seguro de que o impacto será sentido no turismo, Augusto Mateus considera que «teremos um impacto muito semelhante ao da Espanha, França e Grécia». Em declarações ao DV, o professor e economista aponta que «Portugal é uma potência turística, está entre os 15 maiores mercados mundiais e é a área em que somos mais competitivos e relevantes».
«Teremos eventualmente menos impacto do que Itália, que tem um nível maior de exposição à epidemia e, portanto, vai sofrer mais. As próximas semanas ditarão se haverá europeus mais afetados do que outros. Para já, se as coisas permanecerem como estão, é lá que haverá maior redução da procura», comenta.
Também o economista Pedro Brinca lembra que a recuperação económica do país deve muito ao turismo, e que o Covid-19 não é o único desafio do setor, já que o impulso desta atividade depois do período da crise se deveu muito às questões geopolíticas que afetaram os destinos do Norte de África: «tudo isso ajudou a desviar turismo para aqui. Agora, temos um duplo desafio: o brexit e o coronavírus».
Mas o facto de a epidemia se alastrar ainda durante a época baixa pode diminuir os possíveis impactos, pois ainda será possível gerir muitas futuras reservas «Tudo depende de como o vírus evoluirá daqui para a frente», cita a mesma fonte.