Esta é a previsão da European Travel Comission (ETC), entidade europeia de turismo. «As estimativas da UE são à volta de 255.000 milhões de euros para ajudar os Estados-membros a recuperar a indústria e mais cerca de 120 mil milhões de euros para investimento extra, para ajudar os empreendedores e operadores a restabelecerem as suas operações», explicou à Lusa o diretor executivo da ETC, Eduardo Santander.
Com a paragem das viagens, a atividade do setor passou de 100% para cerca de 10%, segundo este responsável. «Tudo é igualmente afetado por a cadeia de valor do turismo estar interconectada. Desde as empresas de cruzeiros, passando por outros operadores e, em particular, pelas companhias aéreas, todos têm enormes perdas, com quedas entre 45% para as transportadoras aéreas - que fazem alguns outros serviços além de passageiros - e os 70% para hotéis e restaurante».
De acordo com o responsável, poderá estar em causa a perda de 10 milhões de postos de trabalho na Europa, «se a situação se mantiver nos próximos meses», cita o Negócios. As empresas «enfrentam um enorme problema de liquidez e não vão sobreviver se não houver uma intervenção ou injeções de capital pelos Estados ou outros tipos de ajuda da UE», sublinha, saudando as «medidas certas» que já estão a ser adotadas neste âmbito em Portugal.