Falando à VI no âmbito das Conversas Diárias – Especial Covid-19, o responsável avançou que o ritmo de produção das obras «rondará os 85%», ressalvando que «todas as obras são privadas, e depende muito do estado de cada projeto», dando nota de que apenas uma obra de pequena dimensão foi parada. «Algumas não reduziram o ritmo de produção».
Segundo o responsável, a generalidade das obras «continuam com algumas dificuldades», nomeadamente «a mobilização de pessoas. Mas depende do local, do tipo de obra. Cada uma adotou planos de contingência específicos, e felizmente não pararam. A crise seria bastante mais crave no setor se houvesse uma paragem generalizada, (…) e é importante que a atividade da construção continue».
Atrasa o arranque de novos projetos
Os atrasos são inevitáveis nesta fase. Apesar de os projetos continuarem, com o trabalho em home office, «notamos que os novos projetos é que estão a atrasar o seu arranque», diz Miguel Alegria.
Isto porque «os investidores estão cautelosos e atentos ao que vai acontecer. Há pedidos e elaboração de novas propostas, mas as coisas estão a demorar mais a acontecer. Ao fim de um mês, constatamos algum atraso na tomada de decisão para novos investimentos, o que é perfeitamente razoável», considera.
“Não estávamos preparados a nível dos hábitos de trabalho”
A Engexpor tem atividade em vários países, e por isso já usava tecnologia adaptada a essas necessidades de trabalho. Mas o facto é que «não estávamos preparados a nível de hábitos de trabalho», afirma Miguel Alegria.
A empresa «foi apanhada de surpresa, como a generalidade das pessoas», e começou a adaptar-se a 11 de março, implementando uma série de medidas «no sentido de preservar a saúde de todos os colaboradores, recorrendo o mais possível ao teletrabalho». As visitas às obras «estão reduzidas ao essencial para que continuem».
Nesta fase, «temos de ser sensíveis ao facto de que a maioria das pessoas estão em situação de teletrabalho forçado, com filhos por exemplo», lembra o responsável.
Por outro lado, «as empresas têm também de passar pela crise mantendo os postos de trabalho com as condições que tinham antes», acredita a Engexpor. A empresa está também empenhada em «também apoiar os nossos clientes a reduzir o impacto disto nos seus investimentos».