Em comunicado, a confederação da construção «alerta para os impactos do surto pandémico nas empresas de uma fileira que, no seu conjunto, representa mais de 600 mil postos de trabalho e integra uma extensa cadeia de valor». Acredita que o seu funcionamento «é absolutamente imprescindível para o funcionamento do País e para a segurança das populações e que, no seu conjunto, ultrapassada a atual crise».
Admitindo que ainda não é possível apurar a real dimensão desta situação «extraordinariamente séria e grave», já se sentem as consequências mais imediatas sobre a generalidade das empresas. Pede, por isso, «mecanismos efetivos e orientados para este tecido empresarial».
Entre os pedidos da CPCI estão a suspensão do pagamento de impostos, como IMI e AIMI, até ao final do ano, apoiar financeiramente os encargos com o pessoal, fazer chegar liquidez de forma imediata às empresas, através do pagamento imediato a todos os fornecedores do Estado, ou a criação de uma linha de crédito específica para a Construção e Imobiliário, recorrendo-se aos instrumentos financeiros europeus, com uma taxa máxima de 1% de juros. «As empresas do Setor não podem ficar por sua conta e risco, sem uma resposta efetiva por parte do Governo», pode ler-se em comunicado.
A CPCI lembra ainda que «outros Governos europeus estão a anunciar medidas fortes para o setor da construção e imobiliário, e a confederação considera que Portugal tem de acompanhar esta estratégia», evitando «um desastre absoluto, para esta fileira e para o país».