Em agosto, os preços subiram em todos os destinos analisados, mas a taxa de ocupação abrandou no Oeste, Estoril, Lisboa, Costa Azul, Algarve e Madeira. A nível nacional, desceu 0,1% face a igual mês do ano passado, atingindo os 89%. O Algarve, com 93%, os Açores, com 92%, e a Madeira, com 91%, tiveram as maiores ocupações do país.
Nesse mesmo período, o ARR fixou-se nos 112 euros, mais 7% que no período homólogo, com destaque para as unidades de 3 e 4 estrelas, que registaram um crescimento de 11% e 10%, respetivamente. Beiras, Lisboa e Leiria/Fátima/Templários registaram os maiores crescimentos no preço médio por quarto ocupado, de 15%, 14% e 13%, respetivamente.
Já o RevPar cresceu também 7%, para os 99 euros a nível nacional. Algarve, Estoril e Lisboa têm os valores mais elevados, de 154, 112 e 95 euros, respetivamente.
Em agosto, a receita média por turista no hotel registou uma subida de 3% face ao período homólogo, fixando-se nos 135 euros. Lisboa voltou a ser o destino com o maior crescimento, de 17%, por oposição à quebra das receitas de 13% nos Açores, de 11% no Estoril e de 8% no Algarve.
Cristina Siza Vieira, presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal, comenta estes números, destacando que «o crescimento da taxa de ocupação abrandou, é um facto, no entanto estamos muito perto dos 90% neste indicador, o que faz com que os valores estabilizem».
Alerta, no entanto, que «a duração da estada nos hotéis que é muito baixa e este mês ainda decresceu mais. É tradicionalmente uma estada curta (cerca de dois dias) e que sofreu em alguns destinos turísticos uma descida acentuada, como foi o caso dos Açores (menos 21%), Estoril e Alentejo (menos 12%). Há destinos em que a estada média não ultrapassa os 1,5 dias, pelo que é premente pensar em fatores de atração que sirvam para prolongar as estadas», conclui.