A informação é de um relatório recente da Colliers International, que mostra que, em 2021, a taxa de crescimento do comércio online deverá baixar dos atuais 11% para 7%. Antecipando esta tendência, os retalhistas online estão a usar cada vez mais espaços físicos para dinamizar as suas vendas e as suas marcas.
Segundo a consultora, esta tendência é apelidada de “showrooming”, cujo principal objetivo não é necessariamente gerar vendas, mas sim reforçar a fidelização do consumidor e das vendas online.
Para chegar a esta conclusão, a Colliers analisou mais de 30 marcas online em toda a EMEA, que se encontram em processo de transformação para “showroomers”. A Sézane é exemplo disto, tendo começado no eBay antes de ter uma plataforma online própria. Já abriu lojas físicas em Paris e Nova Iorque, e pondera agora a entrada em Londres.
Paul Souber, Co-Head da área de Retail da Colliers, na EMEA, comenta que «com a redução do crescimento das vendas online, muitos ecomerciantes identificaram os showrooms como solução para os seus lucros decrescentes. Cada vez mais, os showroomsem ambiente de comércio, gerarão vendas online, aumentarão a notoriedade das marcas e promoverão a fidelização dos clientes, permitindo-lhes ver e sentir os produtos. Esta tendência também é motivada pelos custos: cerca de 40% das vendas de moda online são devolvidas pelos consumidores sem concluir a aquisição. Esta tendência tem consequências diretas ao nível da logística e dos custos das marcas online», explica.
Para a consultora, ganham proprietários e ocupantes. Etienne van Unen, da Colliers, acrescenta que «como os showrooms se localizam em zonas não prime e em espaços com pouco apelo aos comerciantes tradicionais, as rendas são bastante aceitáveis para proprietários e ocupantes. O proprietário arrenda um espaço em zonas com menor procura e o ocupador paga menos do que pagaria numa loja mainstream», conclui.