Ricardo Guimarães, diretor da Ci, explica que «o mercado residencial está a beneficiar de um aumento da nova atividade de crédito, o que, associado ao desequilíbrio entre a oferta a procura, está a permitir que os preços se aproximem dos níveis praticados antes da crise. O Índice de Preços Residenciais calculado pela Confidencial Imobiliário encontra-se agora menos de 1% abaixo do máximo registado em 2010».
O relatório de outubro mostra que os operadores questionados acreditam que os preços vão continuar a subir a um ritmo médio de 5% nos próximos 12 meses, o que faz rever em alta as perspetivas de crescimento de 4% antecipadas em setembro. A longo prazo, espera-se um crescimento médio anual dos preços em torno dos 6% nos próximos 5 anos.
Ricardo Guimarães nota também em comunicado que «a confiança dos operadores no mercado é bastante elevada, pois o movimento de crescimento dos preços não se baseia apenas no aumento do financiamento, mas é também suportado pela dinâmica de outras fontes de procura, como a compra de casa para fins turísticos, destinados ao arrendamento de curta-duração».
Segundo o PHMS, a procura é elevada em todas as regiões analisadas (Porto, Lisboa e Algarve), e todas elas registam uma ligeira redução da oferta. Manteve-se a procura no mercado de arrendamento em outubro, embora tenha descido ligeiramente face ao mês anterior, com a oferta estabilizada e as rendas a crescer, com perspetivas de continuação desta performance nos próximos 3 meses.
Simon Rubinshon, economista chefe do RICS, explica em comunicado que «a economia portuguesa continua a apresentar um dos mais fortes crescimentos na Europa, com a expansão do PIB a acelerar no 3º trimestre do ano. Os consumidores viram os seus rendimentos reais a aumentar, à medida que a inflação continua baixa e a taxa de desemprego em mínimos de quase uma década. Após anos de desalavancagem, as famílias conseguiram aumentar os gastos, ajudando a impulsionar a recente força no mercado residencial».