A informação é do CEO da imobiliária, Eduardo Garcia e Costa, em entrevista à VI, na qual explica que «este ano estamos praticamente a dobrar a faturação, um crescimento claramente acima do mercado». Nos 3 anos de atividade em Portugal, e empresa «conta com mais de 1.500 associados, o que nos torna numa das maiores redes de mediação imobiliária em Portugal. Temos como objetivo ultrapassar os 2.500 associados durante 2018».
A empresa aposta em Market Centers, e este ano «vamos conseguir que 70% dos nossos Market Centers faturem mais de 1 milhão de euros, com uma dimensão média de 70 consultores». Em maio anunciou um novo espaço no Porto, onde a empresa concentra a maior parte da sua atividade, com 1.400m², que será o maior do género do país, resultado de um investimento de 500.000 euros, no Centro Empresarial do Porto. Esta nova infraestrutura terá gabinetes para equipas, um grande auditório, bar ou restaurante.
O responsável explica que «os Market Centers KW foram desenhados para ter uma dimensão mínima de 100 consultores. Este modelo traz benefícios inquestionáveis em relação à formação e apoio à equipa de consultores para que estes possam desenvolver o seu negócio maximizando simultaneamente a qualidade da proposta de valor aos clientes finais». E especifica que «os mercados de maior dimensão são o nosso alvo natural assim como uma escolha muito criteriosa dos líderes dessas operações. Este ano foram abertos Market Centers em Lisboa, Almada, Madeira e Leiria», avança. «Neste momento, somos a segunda rede de mediação imobiliária a operar em Lisboa, Porto e Cascais, e a rede líder em Braga, Madeira e Famalicão».
Para Eduardo Garcia e Costa, os bons resultados explicam-se pelo «forte crescimento durante estes 3 anos, onde praticamente todos os meses temos batido recordes, e pela abordagem inovadora que a KW veio trazer ao mercado». Os consultores da KW serão «responsáveis por centenas de transações imobiliárias por ano com uma qualidade de serviço aos clientes finais acima do que o mercado pratica atualmente», seguindo o modelo já praticado nos Estados Unidos, mercado de onde a empresa é originária.
Este responsável analisa que o mercado está a crescer pela «retoma da procura nacional depois de vários anos de limitações devido à escassez de acesso ao crédito à habitação e à recessão económica, pela procura de estrangeiros inicialmente motivada por questões legais e de incentivos fiscais, pela “descoberta” de Portugal, em particular de Lisboa e Porto como destinos turísticos de eleição, e pela atratividade dos preços do imobiliário para investidores estrangeiros quando comparados com outros mercados europeus relevantes». Além disso, «fatores emocionais, clima, beleza e diversidade geográfica, cultura ou qualidade gastronómica são inquestionáveis quando nos visitam».
Questionado sobre os preços, Eduardo Garcia e Costa diz que «os preços são sempre uma consequência da evolução da procura e da oferta. No caso da procura nacional está associada à evolução da taxa de desemprego, da evolução dos salários e das taxas e volume de crédito á habitação. Neste momento, a equação tem mudado com o aumento da procura internacional que têm condições económicas distintas dos Portugueses», admitindo que «sendo recente, ninguém consegue prever se este aumento da procura internacional é estrutural ou conjuntural». E remata que «se os preços estão a subir prepara-te que um dia eles vão descer, sendo o inverso também verdadeiro».