A associação considera que o futuro da atividade poderá estar em causa com a eventual aprovação de algumas destas medidas, nomeadamente se os condomínios passarem a poder vetar este tipo de uso num prédio, como uma destas medidas prevê. Luís Lima, presidente da APEMIP, acredita que «existe muito populismo à volta do impacto que o AL tem na vida das pessoas e famílias que vivem nos centros das cidades, mas não podemos ignorar que este mercado foi a verdadeira pedra de toque para a dinamização do setor imobiliário no país» e que «gerou emprego para muita gente que viu neste mercado uma solução para, por exemplo, não ter que abandonar o país», recorda.
Luís Lima reconhece os problemas habitacionais que existem nas principais cidades do país, mas recorda que as mesmas dificuldades já existiam antes da dinâmica atual do AL. «Os anticorpos que se geram são desmedidos, pois na balança, os benefícios são bem maiores do que os malefícios», acredita este responsável.
E lembra que «só em receita fiscal este mercado arrecadou mais de 120 milhões de euros em 2017», sugerindo a aplicação deste montante «para sanar os problemas habitacionais das famílias mais carenciadas» e numa «estratégia habitacional que concilie o papel do Estado com o papel dos proprietários, criando benefícios fiscais ou outros, que tornem apetecível para os senhorios colocar os seus ativos no mercado de arrendamento a preços acessíveis».