Esta é a previsão do responsável, apesar de as estimativas com base em dados históricos apontarem para os 160.000², pois a falta de escritórios de qualidade nas zonas mais procuradas «apresenta-se uma vez mais como o principal fator que tem vindo a limitar a área de absorção dos escritórios».
De janeiro a setembro, o mercado de escritórios registou um desempenho 16% acima do período homólogo do ano passado, com um total de 113.471m² colocados, face aos 97.515m² do ano passado.
Só em setembro, o crescimento foi de 197%. O maior número de operações registou-se no Corredor Oeste, que concentrou 34% do total. Por oposição, e pela sua falta de disponibilidade, o Parque das Nações registou o menor número de negócios, a par da Zona Secundária, com 11 operações cada desde o início do ano.
A análise da Aguirre Newman esta semana divulgada mostra que, analisando a distribuição dos metros quadrados colocados, o Prime CBD e o Corredor Oeste foram as zonas mais destacadas, responsáveis por 31.235m² e 27.056m², respetivamente, representando 51% do total.
A superfície média contratada por transação diminuiu 13%, de 659m² em setembro de 2016 para os 570m² em setembro de 2017. E no período acumulado, apenas 6 transações foram referentes a edifícios novos, representando 14% da área total contratada, e 16.351m².
No mês em questão, destaque para o setor “TMT’s & Utilities”, que se destacou como sendo responsável por 41% da área contratada, num total de 9.542m².
Comparando a absorção anual com a absorção do 3º trimestre, os valores mais alto e mais baixo encontram-se em 2008 (90%) e em 2003 (53%), traduzindo o melhor e o pior desempenho relativo dos restantes trimestres nesse ano. Utilizando este indicador para estimar um número final para a colocação de escritórios em Lisboa, a Aguirre Newman apura para 2017 três valores previsíveis de “take up”: de 160.000 m² (projeção I), traduzindo a média do período 2003/2016 para o valor da absorção do 3º trimestre na absorção anual; 119.000 m2 (projeção II), traduzindo o valor mais baixo; e 201.000 m2 (projeção III), traduzindo o valor mais alto.