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Pandemia não trava investimento hoteleiro no Porto

Pandemia não trava investimento hoteleiro no Porto

«O Porto tem uma ligação com o turismo que não renega e nunca irá renegar. Foi relevantíssimo em termos de reabilitação urbana na cidade, direta e indireta, em todas as áreas e continuará a ter um papel fundamental do ponto de vista da reabilitação urbana da cidade», começou por dizer o Vereador da Câmara Municipal do Porto, que falava na manhã do dia 25 de novembro, no âmbito da Semana da Reabilitação Urbana do Porto.

Admite que «não há soluções fáceis para a pressão turística» e que «tem de ser gerida gradualmente». «Estamos a tentar fazer isso no Porto, estamos a gerir fluxos turísticos, alargando-os e criando novas dinâmicas turísticas noutras zonas da cidade. Desde logo, motivando os hoteleiros a desbravar terreno noutras áreas.».

E sublinha que «não vamos entrar na lógica da proibição. Temos definidas zonas de turismo sustentável e queremos criar, na cidade, uma definição do nível de stock de alojamento turístico equilibrado em relação ao stock de habitação. Mas não vamos proibir ou criar cotas absolutas. Vamos apostar numa estratégia do turismo sustentável.».

E apesar do impacto da pandemia no turismo, «o crescimento do mercado hoteleiro prova o crescente interesse dos operadores no mercado do Porto», sublinhou Paula Sequeira, Head of Consultancy da Savills Portugal. Tal como referiu Ricardo Gonçalves, Administrador da Hoti Hotéis, «o Porto há 10 anos não existia como destino turístico e hoje todas as marcas internacionais querem estar presentes. Todos os operadores importantes querem estar presentes no Porto».

Falta de profissionais preocupa o setor da hotelaria

A mesa de debate da conferência ‘Turismo e reabilitação, uma dupla que se mantém?’ foi moderada por Patrícia de Melo e Liz, CEO da Savills Portugal, e contou com as participações de Ricardo Gonçalves, Administrador da Hoti Hotéis; Bernardo Trindade, Administrador da Porto Bay Hotels & Resorts; Rosário Rodrigues, Arquiteta da Ferreira de Almeida Arquitectos; Ricardo Guimarães, Managing Partner da Confidencial Imobiliário; e João Pedro Tavares, Administrador do Grupo Torel Hotéis.

Neste momento, e apesar da pandemia, «é a falta de recursos humanos que mais preocupa o setor», referiu Bernardo Trindade. Com efeito, e de acordo com dados da Segurança Social, há menos 85 mil registos nos setores da hotelaria e turismo.

De olhos postos no futuro, «2022 deverá ser um ano de recuperação», afirmou Ricardo Gonçalves. Na mesma linha também João Pedro Tavares antecipa que «se nada de estranho acontecer, 2022 será igual ou superior a 2019». Confessa-se «otimista» e confirma novos investimento em projetos no Porto, no Douro e nos Açores.

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