Jornadas APFM: "o ESG vai a jogo, e o negócio vai ter que o ter"

Jornadas APFM: "o ESG vai a jogo, e o negócio vai ter que o ter"

Após uma interrupção de 2 anos, as Jornadas regressaram ao formato presencial, nos Cinemas NOS do Centro Comercial Colombo, em Lisboa, no passado dia 29 de junho. O evento centralizou-se no networking e no tema da sustentabilidade e as suas variáveis.

No painel 2, a primeira intervenção foi de Diogo Drumond, R8 Tech, que apresentou um caso de estudo acerca da "World of Wine", onde referiu que «com os dados recolhidos foi possível estimar reduções de consumo através da implementação de oportunidades de melhoria», salientando que «temos de olhar para os algoritmos, para a informação. Sem alguém a olhar para os algoritmos capturados, nada feito». Tiago Rocha – Chief Commercial officer, ISS, apresentou o "Business Case: ESG – Redução da pegada Ambiental", onde revelou que hoje em dia o investidores dão muita importância ao ESG, «investem em negócios que se centram nos ESG», por isso, devemos ter em conta que «o ESG vai a jogo, e o negócio vai ter que o ter».

"Temos de perceber o desafio que temos pela frente"

É esta a opinião de André Calixto – NextBITT, referindo que «o grande desafio assenta no edificado atual, nos edifícios que já existem» e que «quanto mais antigo for o edifício, maior é o seu potencial de ganho de eficiência». Refere que na NextBITT, «a visão é automatizar o cálculo da pegada carbónica dos edifícios: de cada equipamento, de cada edifício, de toda a organização, dos seus colaboradores, dos seus parceiros de negócio», sendo que as equipas de facilities management «têm de se especializar cada vez mais no tema da sustentabilidade, se não vão ser ultrapassadas». Para isso, o primeiro passo é «saber o que temos, cadastrar e monitorizar», reforça André Calixto da NextBITT.

“A nossa missão é ser o seu parceiro digital para a Sustentabilidade”

É a missão da Schneider Eletric, de acordo com Cristina Almeida, ao apresentar o estudo "Buildings of the future". Frisa que os edifícios do futuro «têm de ser sustentáveis, resilientes, hiper eficientes e centrado nas pessoas: o foco é assegurar a segurança e o conforto das pessoas», reforçando que «sem acompanhamento e sem dados, nada feito», refere a Digital Services Sales Engineer na Schneider Electric.

Com o mote “Bem-vindos à idade da inteligência”, Pedro Sousa e Duarte Fernandes da Infraspeak, destacaram o facto de hoje em dia «os edifícios serem cada vez mais inteligentes, e os consumidores mais exigentes». Atentam ainda para o facto de 80% das empresas hoje que passam por um processo de transformação digital reportam um lucro de 12% em média, «para estas empresas investirem em tecnologia é parte do processo». Ao longo da apresentação, sublinharam também que a «sustentabilidade ajuda-nos a otimizar a utilização de recursos».

“Estes temas que debatemos, há 10 anos, já eram debatidos”

Ao serem questionados pelo moderador sobre o facto de estes temas, que foram debatidos ao longo da conferência, serem pauta no presente evento há 10 anos, os intervenientes presentes no painel, acreditam que muita coisa mudou desde esse período. Cristina Almeida acredita que é «uma mudança cultural, pois a legislação já está cá. Depende agora de nós», a passo que Diogo Drumond frisa que «os temas são os mesmos, mas a forma como abordamos são diferentes». Pedro Sousa, salienta também o facto de haver um maior «awareness, o mercado está preparado para isso».

Para Tiago Rocha, «o nosso setor está muito no “olho do furacão” neste momento com a pandemia e a guerra. Nunca houve tanto movimento em favor do planeta como há agora. Claramente os próximos 10 anos vão ser diferentes. Estamos numa mudança geracional». André Calixto atenta também para o facto de «há 10 anos a sustentabilidade tinha que ver com a imagem que as grandes empresas queriam transparecer. Hoje, o tema movimenta dinheiro, e vai movimentar cada vez mais dinheiro. Passou de ser um tema de “ imagem” para um tema de operação».

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