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CPCI preocupada com a execução “bastante baixa” do PRR

CPCI preocupada com a execução “bastante baixa” do PRR

A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) alertou esta semana para a execução «bastante baixa» dos projetos mais relevantes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), nomeadamente com o seu impacto na construção, dado o seu período de execução até 2026.

Ricardo Gomes, vice presidente da CPCI, foi ouvido pela subcomissão para o acompanhamento dos fundos europeus e do PRR, e considera que «a situação geral, em termos de montantes, é aquela que ali está (...) com uma execução que, atendendo ao espaço temporal de execução do PRR, que todos conhecemos, a nós preocupa bastante», ressalvando que a CPCI «não consegue» escrutinar todos os projetos financiados pelo PRR por falta de informação. «A mensagem geral é que, de facto, em tudo o que tem a ver com os projetos mais relevantes do PRR com impacto na construção, estamos de facto num ponto bastante baixo de execução».

Segundo a Lusa, para Ricardo Gomes, o custo desadequado das candidaturas, não atualizados face à subida dos preços, têm dado origem a vários «concursos desertos», e essa será uma das principais razões para os atrasos dos projetos.

A CPCI defende também o planeamento atempado por parte das empresas, e considera que «há uma questão de planeamento que tem de ser integrada» pelas empresas, nomeadamente as candidatas a apoios do PRR, cita o idealista/news.

Por outro lado, as burocracias também podem atrasar os processos. Ricardo Gomes receia atrasos não só nos licenciamentos como noutros procedimentos como os estudos de impacto ambiental.

Os mais recentes números da situação operacional do PRR dizem que até 18 de janeiro foram submetidas 147.032 candidaturas e aprovadas 93.320. Os beneficiários já receberam 9% da dotação total, equivalente a 1.448 milhões de euros. As entidades públicas já receberam 469 milhões de euros, as empresas públicas 289 milhões, as escolas 212 milhões, as empresas 157 milhões e as famílias 129 milhões de euros.

À data, as aprovações de financiamento diziam respeito a 11.564 milhões de euros (69%), 3.995 euros para entidades públicas, 2.830 para empresas e 2.209 milhões para empresas públicas.

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